Por JB Press
São Paulo, março de 2024 – Análises do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior mostram que a adoção de novas tecnologias pelo setor de comércio exterior já está aumentando a eficiência das operações, sendo que 95% dos processos de autorização para exportação e 97% para importação já podem ser entregues exclusivamente por meio eletrônico, o que representa uma redução nos custos e prazos para as entregas. De acordo com o especialista em comércio exterior, Erick Isoppo, a aposta é que a inteligência vai impulsionar o setor com mais agilidade na cotação de fretes, na rapidez da liberação portuária e na comparação global de preços de mercadorias.
“A digitalização pode ser considerada uma nova revolução industrial. No mercado de comércio exterior, mais especificamente, a utilização de novas tecnologias vai trazer mais agilidade na cotação de frete, rapidez na liberação portuária de mercadorias alfandegadas e também vai facilitar a comparação de preço global de mercadorias e fornecedores. Atualmente, o importador está muito focado no eixo Ásia, sendo que ele também pode encontrar produtos mais competitivos no Brasil, América do Sul ou Europa e a inteligência artificial poderá ajudar muito em todas essas frentes”, comenta Erick Isoppo, CEO da IDB do Brasil Trading – uma das maiores empresas de importação de Santa Catarina.
O executivo ressalta ainda que a digitalização de processos por parte do governo tem ajudado a impulsionar o setor como um todo a aderir mais rapidamente a tecnologias que vão desde softwares de BI (business intelligence), para ter uma melhor visualização e organização dos dados, até ferramentas que utilizam machine learning e inteligência artificial. De acordo com o ministério e a Receita Federal, cerca de 19 mil documentos atualmente já são apresentados diariamente por meio eletrônico.
Entre as atualizações realizadas pelo governo estão: a automação de tarefas repetitivas e burocráticas; substituição de documentos por sistemas eletrônicos; utilização de APIs (Interface de programação de aplicações); integração de sistemas; uso de blockchain e big data; entre outros. Outra ferramenta que está em fase de implementação gradual pela Receita Federal, em teste, é a DUIMP (declaração unificada de importação), documento que reúne e integra diversas informações aduaneiras, dados administrativos, comerciais, fiscais, entre outros, relativos ao controle das importações pelo governo na realização das suas atribuições.
Essas medidas auxiliam na agilidade, eficiência e redução de custos nos processos aduaneiros. Além de evitar erros e a necessidade do retrabalho, as ferramentas resultam em uma maior transparência, assertividade e centralização de dados, reforçando a importância da digitalização nas operações para simplificar e acelerar o desalfandegamento.
“A Inteligência Artificial irá melhorar a comunicação entre importadores e fornecedores, garantindo um controle mais efetivo de gestão de estoque e recursos financeiros, além de beneficiar a cadeia logística por um monitoramento personalizado de cada empresa. Outro benefício são as variáveis incontroláveis do comércio exterior como taxa cambial, valor do frete internacional, impactos ambientais, entre outros, que poderão ser analisadas em tempo real através de ferramentas com esta tecnologia, possibilitando assim uma visão mais apurada dos dados para definição de estratégias e tomadas de decisão”, comenta Rafael Cruz, head de Relacionamento e Tecnologia na IDB do Brasil.
A IDB do Brasil Trading vem investindo com mais intensidade há dois anos em aplicação de novas tecnologias e já notou uma melhora significativa em suas operações, aproveitando as vantagens da digitalização dos processos aduaneiros para aumentar a agilidade dos seus serviços e contribuir para o desenvolvimento econômico em todo o estado de Santa Catarina.