Os incentivos para investir na Itália e as linhas de crédito disponíveis contribuem para o fomento de negócios entre os países.

Por JB Press

Neste ano, celebra-se os 150 anos da imigração italiana no Brasil. A data estimula a reflexão sobre a rica herança cultural dos italianos e também instiga a análise de como essa relação tem alimentado e impulsionado a atividade comercial dos dois países ao longo dos anos. Segundo dados do IBGE, entre 1870 e 1920, período conhecido como “grande imigração”, os italianos corresponderam a 42% do total dos imigrantes no Brasil, ou seja, os italianos eram cerca de 1,4 milhões, dentro de um universo de 3,3 milhões, na época.

Erick Isoppo, CEO da IDB, em evento do LIDE sobre a Itália.

Diante desse cenário, ao longo de 150 anos, tornou-se cada vez mais evidente o potencial de negócio entre Brasil e Itália, assim como a sinergia entre as empresas dos dois países. Empresas brasileiras estão cada vez mais interessadas em investir na Itália, assim como muitas empresas italianas já têm feito no Brasil. Essa relação comercial não só promove o intercâmbio de bens e serviços entre os dois países, mas também abre portas para o comércio exterior em nível global. Os laços estreitos entre as empresas brasileiras e italianas têm proporcionado oportunidades de negócios além das fronteiras, criando uma rede de comércio internacional robusta e dinâmica.

“Os laços iuris sanguinis são o maior impacto que temos hoje, principalmente quando lembramos da trajetória dos imigrantes italianos que vieram desbravar terras nativas no Brasil e nos deixaram legados como desenvolvimento, industrialização e agricultura pujantes. Temos muito a agradecer à Itália por ter nos dado a oportunidade de aprender com os antepassados e, nesse momento da história, de sermos protagonistas de um Brasil cada vez melhor”, comenta Erick Isoppo, CEO da IDB do Brasil Trading, uma das maiores empresas de importação da região sul do país.

Para além dos laços, os incentivos para investir na Itália e as linhas de crédito disponíveis contribuem para o fomento de negócios entre os países. Levando em consideração o perfil do consumidor brasileiro, que tem uma predileção natural pela compra a prazo, ter a disponibilidade de utilizar linhas financeiras com juros abaixo do praticado no Brasil pode ser uma importante ferramenta de fomento de negócios. Para o executivo e especialista em Comércio Exterior, “toda e qualquer relação comercial que existir prazo de pagamento, redução de impostos, qualidade aprimorada e um bom atendimento, tende a atrair novos mercados, novos parceiros e novos clientes, gerando sinergia, parceria e ganha-ganha para todos os envolvidos, criando longevidade nas relações comerciais”.

Isoppo comenta ainda que o Brasil, como líder na exportação de commodities, encontra na Itália um importante mercado consumidor para seus produtos. E, por sua vez, a Itália desempenha um papel notável na balança comercial, destacando-se na venda de produtos e serviços de maior valor agregado ao Brasil, o que contribui para a diversificação da economia brasileira. “O que se discute é que os empresários devem continuar investindo no Brasil para agregar valor ao produto “made in Brazil” e tornar-nos menos dependentes de exportações de produtos in natura com todos os parceiros comerciais em nível global”, finaliza Isoppo.

O investimento nessa relação não apenas fortalecerá os laços econômicos entre os dois países, mas também abrirá novas oportunidades de crescimento e expansão para empresas de ambos os lados.